No processo de planejamento de um empreendimento, seja ele de qual porte ou segmento for, o que se observa, é que os custos envolvidos com meio ambiente, licenciamento, condicionantes das licenças e programas ambientais, muitas vezes não recebem a atenção devida e por vezes não são priorizados.
Além das taxas necessárias para que sejam protocoladas as licenças ambientais, em muitos dos casos, são exigidos pelo órgão licenciador, seja ele municipal, estadual ou federal, estudos ambientais, com o objetivo de identificar a tipologia do empreendimento, os aspectos ambientais existentes (físicos, bióticos, antrópicos), caracterização do entorno e principalmente os impactos que esse empreendimento poderá causar e quais as medidas mitigadoras propostas.
Dando apenas um exemplo simples, a correta gestão dos resíduos sólidos, trás uma série de desdobramentos que devem ser atendidos e que de forma bem resumida, passa pela metodologia construtiva, definição dos resíduos a serem gerados, escolha de empresa devidamente licenciada para realização da coleta, transporte e destinação de resíduos, além do tratamento dado a esse resíduo que podem ser diversos, desde a reutilização, passando pela reciclagem e em muitos casos o aterro sanitário.
Iniciar ou operar um empreendimento sem as devidas licenças ambientais, traz como consequências diretas para o empreendedor, a paralisação imediata das obras ou operação, custos com mão de obra e equipamentos parados, além do desgaste da imagem da empresa em num cenário em que as questões ligadas à sustentabilidade e preocupação com meio ambiente estão cada dia mais em alta na sociedade
O que o empreendedor encara muitas vezes como custo na verdade é investimento, levando-se em consideração os benefícios que o conjunto dessas ações trás.
Autor: Alison Dias – Engenheiro Florestal – CREA PE 048415-D